PROJETO ESPERANÇA/COOESPERANÇA
O Projeto Esperança/Cooesperança é um dos setores do Banco da Esperança da área Social da Arquidiocese de Santa Maria e está integrado na Rede da Cáritas do Rio Grande do Sul e Cáritas Brasileira. Surgiu inspirado na idéia do Livro: “A Pobreza Riqueza dos Povos” do autor Africano Albert Tévoèdjeré. O estudo deste livro iniciou nos anos de 1980, coordenado pelo então Bispo da Diocese de Santa Maria, Dom José Ivo Lorscheiter de feliz memória, em parceria com as Pastorais Sociais, Movimentos Populares, Universidade Federal de Santa Maria, Emater, Prefeituras Municipais e lideranças comprometidas com as causas sociais pela “Transformação de Solidariedade”. Os primeiros anos deste trabalho foram pautadas na prática dos PACs (Projetos Alternativos Comunitários), que mais deram origem a Economia Popular Solidária.
Em 15 de agosto de 1987 foi criado oficialmente o Projeto Esperança e foi realizada uma celebração solene no Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira e foi feita a consagração deste Projeto a Mãe de Deus, a Medianeira de Todas as Graças. Desde que foi criado, o Projeto Esperança, vem construindo o Associativismo, a Cooperação, o Trabalho, a Solidariedade, a Cidadania, a Autogestão e um Novo Modelo de Desenvolvimento Solidário, Sustentável e Territorial, através da Economia Solidária e da Inclusão Social. As Alternativas concretas da Democracia, do Desenvolvimento Humano e Solidário e a “Reivenção da Economia”, colocam o Trabalho acima do Capital, formando novos sujeitos para o pleno exercício da Cidadania.
Em 29 de setembro de 1989, dois anos depois, foi criada a COOESPERANÇA – Cooperativa Mista dos Pequenos Produtores Rurais e Urbanos vinculada ao PROJETO ESPERANÇA. É uma Central, que juntamente com o Projeto Esperança, congrega e articula os grupos organizados e viabiliza a Comercialização Direta dos produtos produzidos pelos Empreendimentos Solidários do Campo e da Cidade. A partir desta data o Projeto Esperança e Cooesperança fazem parte de uma única organização na Arquidiocese de Santa Maria do Rio Grande do Sul.
A MISEREOR/KZE da Alemanha, uma organização da Igreja Católica em parceria com o Governo Alemão, apoiou as primeiras iniciativas dos primórdios do Projeto Esperança/Cooesperança, cujo apoio foi fundamental para buscar Políticas Públicas no Brasil, sucessivamente até hoje.
Hoje, 29 anos depois, de prática ininterrupta, olhando para trás, parece que foi apenas um sopro e tantas coisas boas aconteceram, tanto na história que contribuiu, e tantas pessoas que já foram beneficiadas. Gostaríamos de fazer desfilar na história e na memória de todos, esta bela trajetória, valendo-nos das sábias palavras de Dom Ivo: “Vai...Envolva o Mundo na Esperança”, com “Força e Coragem”.
Mesmo, sem Dom Ivo, o vigor desta Missão da Esperança segue com a Bênção e o apoio do nosso Arcebispo Dom Hélio Adelar Rubert e com a energia e apoio de todos os colaboradores para fazer desta história uma esperançosa realidade acontecer, por “Um Outro Mundo Possível e por Uma Outra Economia que já Acontece”.
Destaque das principais atividades do Projeto Esperança/Cooesperança:
* Formação contínua dos seus associados e pessoas em vulnerabilidade Social e Econômica.
* Feirão Colonial semanal com 24 anos de história
* FEICOOP e Feira Latino Americana de Economia Solidária com 23 anos
* Feiras mensais nas Praças com 27 anos de atuação
* Pontos fixos de Comercialização Solidária com 15 anos de funcionamento.
* Trabalho com crianças Indígenas e Catadores há mais de uma década.
*As Alternativas à Cultura do Fumo há 26 anos
PARTE DA MISSÃO DO PROJETO ESPERANÇA/COOESPERANÇA É CONSTRUIR UMA SOCIEDADE: Socialmente Justa, Economicamente Viável, Ambientalmente Sustentável e Sadia, Organizadamente Cooperativada, Politicamente Democrática e Autogestionária, Animando e Fortalecendo a Cultura da Solidariedade, e a valorização do Trabalho acima do capital, formando Novos Sujeitos, para o Pleno Exercício da Cidadania e na certeza de que “Um Outro Mundo é Possível” e “Uma Outra Economia Que Já Acontece”, e para que todos tenham “Vida e a tenham em abundância”.(Jo.10)
OS PRINCIPAIS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DO PROJETO ESPERANÇA/COOESPERANÇA:
> A Organização e a Formação dos trabalhadores do campo e da cidade
> O Cooperativismo e a Economia Solidária
> A Agricultura Familiar e Agroecologia> Os Catadores/as de Resíduos Sólidos
> Os Povos Indígenas
> Os Quilombolas
> Os Artesãos/as
> Os Trabalhadores Urbanos na parte de Alimentação
> O Comércio Justo e Consumo Ético, Responsável e Solidário
> A Segurança e Soberania Alimentar, Nutricional e Sustentável
> As parcerias e a articulação com as Redes Nacionais e Internacionais de Economia Solidária.
> Articulação com os consumidores, Entidades parceiras e Gestores Públicos.
> O Fomento das Políticas Públicas e participação nos Conselhos Populares.
DADOS NÚMERICOS
* Nº de Empreendimentos Solidários organizados: +/- 280 Empreendimentos Solidários
* Área de atuação: Urbana e Rural
* Nº de Municípios: 34 Municípios da região central/RS/Brasil (Território da Cidadania)
* Nº de beneficiados diretos: +/- 5.500 famílias
* Nº de beneficiados indiretos: +/- 25.000 pessoas incluíndo os consumidores e a Rede de parceiros e apoiadores.
Os principais parceiros do Projeto Esperança/Cooesperança são:
* Governos nos Níveis Municipal, Estadual e Federal
* Cáritas Regional RS e Cáritas Brasileira
* IRFADI – Instituto das Filhas do Amor Divino
* UFSM e Unifra
* Emater Regional e nos Municípios
* Movimentos e Pastorais Sociais
* Veículos de Comunicação
* Consumidores comprometidos com as Causas Sociais
ALGUMAS FRASES INSPIRADORAS DO PROJETO ESPERANÇA/COOESPERANÇA:
* “A Transformação pela Solidariedade”
* “Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas mudarão a face da terra” (Provérbio Africano)
* “ Se quiseres fazer Planejamento para um ano: Plante Cereais. Se quiseres fazer planejamento para trinta anos: Plante Árvores. Se quiseres fazer Planejamento para cem anos: Organize e motive a Organização do Povo .”(Provérbio Chinês)
* “Eu vim, para que todos tenham Vida e a tenham em Abundância.” (Jo.10,10)
* “Aquilo que foi destruído, o foi para sempre, mas o que está em perigo, ainda pode ser Salvo.”